domingo, 5 de junho de 2016

BUROCRACIA

Só no segundo semestre de 2013 as concessões de infraestrutura acertaram o passo, com um atraso de pelo menos dois anos. O governo sente na carne a tremenda ineficiência gerada pela complexidade da administração pública que construiu.
Talvez seja isso que tenha levado a candidata à reeleição, Dilma Rousseff, a colocar como parte importante do seu Plano de Transformação Nacional, o programa Brasil sem Burocracia.
Um pequeno (mas significativo) exemplo de como as agências do governo batem suas cabeças duras, é a narrativa cheia de peripécias feita pela excelente jornalista Lu Aiko Otta ("O Estado de S. Paulo", 22/6, pág. B12), do esperado asfaltamento de cerca de três quilômetros de acostamento no chamado Morro dos Cavalos, nas vizinhanças de Florianópolis e de um território dos indios guaranis. Depois de quatro décadas foi parar, a pedido do Ministério da Justiça, na Casa Civil da Presidência da República.
O "imbróglio" começou quando - ainda nos anos 70 - o Dnit pensou que tivesse conseguido as licenças necessárias para fazer a obra. Ledo engano. Ela foi embargada pelo Ministério Público Estadual! Envolveram-se, depois a Funai, o Ibama, a Advocacia-Geral da União e "tutti quanti". Hoje, depois de 40 anos, há uma esperança que o acostamento será feito nos próximos cinco anos pelo próprio Dnit!
A crise do Estado brasileiro só será debelada quando a sociedade se convencer de que são necessárias mudanças institucionais
Quase duas décadas de gestões modernizantes e não autoritárias da economia ainda não conseguiram recolocar definitivamente o Brasil numa trajetória sustentável de desenvolvimento. De onde vem essa herança maldita? Ainda estão em ação os vícios em meio aos quais foi formada a nação brasileira.
Depois da redemocratização política, da estabilização da economia, da abertura parcial dos mercados, da inserção (ainda tímida) do país na economia global, será preciso agora, discutir o Estado no Brasil. E como romper as maldições do passado.
A ausência de um feudalismo e de uma revolução burguesa em Portugal concedeu ao Estado brasileiro, desde a origem, um poder centralizador inquestionado. Sem ameaças regionais e sem reivindicações de classes, foi muito fácil consolidá-lo, não foi preciso fazer concessões à Nação para legitimar-se. Erigiu-se um “governo das elites”, estabeleceu-se um fosso entre ele e a volumosa massa populacional obsequiosa e cordial.
 A apropriação estamental da máquina pública é uma deformidade de origem da qual o país ainda não se curou.
Toma-se posse de cargos públicos para a obtenção de vantagens pessoais.
O Estado foi, durante séculos, o agente do subdesenvolvimento brasileiro, porque o tipo de colonização introduzido aqui não foi o de ocupação, mas o de exploração.
Mesmo hoje, o Estado é um entrave ao crescimento sustentado.
O capitalismo brasileiro é de Estado, improdutivo e caçador de rendas.
O que não vai mudar é o capitalismo de compadrio.

Conheça as 25 empresas que mais receberam verba do BNDES em 2013, o banco de desenvolvimento do governo brasileiro, gasta dois terços de seu orçamento total em grandes empresas. 
A situação chegou neste ponto porque desde Getulio os politicos vem criando leis demagogicas e oportunistas, para sairem bem na foto, e se manterem mamando nas tetas dos bens publico. Nasceu o politico profissional e a informalidade. Sindicatos fortalecem categorias de trabalhadores, quem não faz parte do corporativismo sindical fica desprotegido e relegado as inteperies economicas. Como não é possivel favorecer todos os trabalhadores brasileiros com estas leis demagogicas a informalidade não acaba.
Quando se fala em ajuste do mercado de trabalho, na proteção trabalhista, entra-se em um terreno que foi historicamente o responsável pela situação desastrosa da atualidade. No Brasil como um Pais colonial, formado em bases paternalistas, sustentado por elites que agregavam a riqueza e o poder, desde as capitanias hereditárias passando pelos latifúndios.
Os sindicatos posteriormente herdaram esta postura nociva de paternalismo para os apaniguados, excluído do banquete quem não faz parte da panelinha. Os políticos, então vieram na cola e oportunisticamente, para ficarem bem na foto diante do eleitorado patrocinaram leis e continuam patrocinando, sem querer saber quem paga a conta.
É evidente de quem paga a conta é o lado menos forte da corda.
O Governo não criou mecanismos para as empresas sobreviverem ao mercado sem pagarem impostos abusivos, se focou em carteiras assinadas por construção civil e indústria automobilística, e o resto? não existem outras áreas? Carga tributária mil...só quem tem empresa sabe das dificuldades interminaveis.
Quem tem empresa e não tem benefícios fiscais, está em apuros. 
A experiência sacrificial de um pequeno empresário, nesta terra de ninguém, tem muito mais peso do que o mais pomposo discurso de economia teórica.
Desde a pequena quitanda até as gigantes corporativistas como a Petrobrás, estão sujeitas as mesmas leis do mercado, o diferencial é a responsabilidade da gestão e o tamanho dos desvios monetários na hora de se fazer o balanço anual.
O segredo do sucesso dos países adiantados é o fundamento de suas economias, todos eles possuem um mercado interno forte e pujante. Sem isto não existe pais forte economicamente.
Se os governos não fizessem nada, além de apenas arbitrar as forças econômicas já seria um enorme ganho.
Governo que interfere demais é semelhante o árbitro de futebol que quer aparecer mais do que os jogadores, geralmente só faz burrada, o bom jogo é aquele que corre solto, porem com uma arbitragem firme, que não favoreça nenhum dos lados.
O pior defeito dos políticos brasileiros é fuçar nas vidas dos cidadãos, regulamentando até a hora de ir ao banheiro se aliviar dos prazeres da mesa. Comparem os políticos dos países mais civilizados, como Suécia, Suiça, Alemanha e até nosso vizinho Uruguai, com os nossos políticos que adoram se reunir para dar nome de rua e regulamentar até a respiração da pobre população.
A BMW mesmo que estava implantando uma fábrica no país mostrou o tanto de documentos que precisou para implantá-la, chega a ser ridículo a burocracia do nosso país. 
Com a longa crise que vem dos anos 70, arrefeceram-se os níveis de produção, o crescimento desacelerou no mundo, e o capital, que antes tinha ovos produtivos e os colocava num ninho para gerar mais produção, diminuiu esses ovos na produção e passou a colocá-los no ninho financeiro. O capital foi deixando de ser basicamente produtivo para se converter cada vez mais em capital financeiro. E o que sucedeu com os empresários que receberam uma cacetada diante da abertura? Reduziram níveis de produção e colocaram mais ovos na cesta financeira.
É consenso que o Brasil está metido numa armadilha de baixo crescimento. Trata-se de políticas que estimulem investimentos em capital humano, físico, inovação e infraestrutura, melhoria dos serviços públicos, redução da burocracia e dos impostos incidentes sobre a produção, integração econômica internacional, estímulo ao capital de risco, modernização das instituições que encorajam o livre mercado e políticas fiscais responsáveis.
Microeconomicamente, o Estado brasileiro ainda mantém uma estrutura usurpadora de renda. Vive mais em função de si mesmo do que no cumprimento de seu papel básico de transferência de recursos para políticas públicas promotoras de justiça distributiva. Macroeconomicamente, o Estado habituou-se a conviver com uma constante crise fiscal, antes refletida no financiamento inflacionário de seus gastos e hoje numa incapacidade de racionalizá-los e de controlar o custeio da máquina pública, em detrimento do investimento em infraestrutura e do planejamento de investimentos consistentes.
A empresa brasileira foi submetida à maior carga tributária do mundo, à maior taxa de juros do mundo e ao câmbio.
— No momento em que você aterrissa no Brasil você começar a perder tempo — disse o dono do restaurante BOS BBQ, que se mudou há três anos para o país.Se pudéssemos imaginar qual evento milagroso mudaria com a realidade brasileira, lembraríamos um estadista com o estilo de JK. Infelizmente aquele momento foi utilizado para se construir uma sede para os políticos e não a estrutura que beneficiasse todo o povo brasileiro.

Tese e mais teses... Teorias,

Tese e mais teses... Teorias, discurssos filosoficos. Discursos de oportunistas, sensacionalismo.
Enquanto criam-se rolos erolos de fumaça para esconder a verdadeira realidade brasileira, continuamos sendo um pais com os piores indices sociais no mundo.
Histeria de movimentos e de individuos unicamente para saciar as frustrações proprias e a raiva, que cultivam na satisfação mórbida, de se pretender mudar o mundo, conquanto que se mantenham as mazelas proprias. A caça as bruxas tornou-se pratica corriqueira na sociedade brasileira, a hipocrisia corre solta e o deboche mascara o estado primitivo daqueles que se comprazem em manter o mundo na animalidade.
Enquanto existirem favelas e comunidades de excluidos sociais a realidade brasileira não mudara. O crime as barbaridades e a crueldade serão o estado etico e moral predominantes.


A unica saida para o estado calamitoso que vive a sociedade brasileira é atraves da educação e mudança das estruturas carcomidas que mantem a seculos o povo como massa de manobra e serviçais das elites.

Falta o que se começou a fazer aqui em s.paulo e infelizmente foi interrompido.


“A religião é o ópio do povo” (Marx). A política e a ideologia cumprem o mesmo papel (assim como outras paixões populares, como o futebol, por exemplo). Nos países de capitalismo exageradamente desigual, como o Brasil (atenção: o capitalismo é o melhor sistema econômico que o humano já inventou, mas ele ainda não aprendeu em todo planeta a distribuir a riqueza sem muita miséria paralela), os donos do poder (donos econômicos, financeiros, administrativos e políticos), para ocultarem a situação de injustiça brutal do sistema, frequentemente usam um truque: manipulam os sentimentos mais profundos, mais pré-históricos e mais animalescos da população,
 para continuarem explorando-a parasitariamente (assim como para permitir que suas bandas podres acumulem riquezas ilicitamente, por meio da criminalidade organizada).

A população explorada, espoliada, irada, indignada e desesperançada, que não tem acesso a nenhum padrão de qualidade de vida, quando “ferida” em seus brios, em suas convicções ancestrais, magicamente esquece suas degradantes privações materiais, sociais, intelectuais, vitais e culturais; os demagogos sabem como ninguém fazer com que a população precarizada se anestesie diante da sua péssima condição de vida, sua falta de perspectivas futuras. O engodo está em saber manipular os valores tradicionais, os moralismos familiares, a demonização das drogas, os ódios aos menores das ruas, aos camelôs etc. 

A população, quando inflamada em suas paixões mais primitivas, cai facilmente no conto do vigário. É dessa forma que os donos do poder canalizam a distribuição da riqueza para eles (sem gerar revoluções violentas).

O estratagema é infalível: é preciso divertir a patuleia e, ao mesmo tempo, envenenar as massas rebeladas, mexer com seus brios e seus “valores” sagrados ou profanos. É assim que os privilégios são mantidos muitas vezes com o dinheiro público (financiamento “amigo” junto ao BNDES, políticas fiscais de incentivo, escolas excelentes somente para as elites, medicina boa para quem tem dinheiro etc.). O dinheiro de todos custeiam as benesses de alguns. A mais perfeita manipulação
 ideológica consiste em fazer com que a classe média e o espoliado (o fracassado, o excluído, o desgraçado, o explorado, o usuário dos serviços públicos) sonhe em ser como o dominador (Lima Barreto). Os políticos populistas sabem disso muito bem.

 Para assumirem o poder, chegam a jogar o povo contra os donos do poder. Depois, como se sabe historicamente, são os interesses destes que vão predominar.

Veja, por exemplo, o que dizia o aloprado Juán Domingo Perón (em 1955): “Ou lutamos e vencemos para consolidar as conquistas alcançadas ou a oligarquia as destroçarão no final. Oferecemos a paz, e eles rejeitaram. Agora vamos oferecer a luta. 

E eles sabem que quando nós nos decidimos lutar, lutamos até o final. Esta luta que iniciamos nunca vai terminar até que nos tenham aniquilado e massacrado”. Esse tipo de visão que divide o mundo em dois está presente na tradição da América Latina (veja Fernando Mello, El País). Tanto de baixo para cima como de cima para baixo. Os populistas demagogos, para conquistarem o poder, jogam o povo contra os donos do poder. Os donos do poder, por sua vez, se servem da democracia populista, do Estado, do Direito, da Justiça e, sobretudo, dos políticos para subjugarem o povo e espoliá-lo (até à medula) por meio da má distribuição da renda, do capital, dos bons salários, da educação de qualidade, das relações sociais, do equilíbrio emocional, da cultura, dos prazeres, dos privilégios, das hierarquias, do acesso ao bem-estar etc.

É preciso manipular ideologicamente a ira das massas rebeladas, sobretudo pelos meios de comunicação, para contar com a força delas para a preservação dos privilégios das classes dominantes. O ódio delas não pode se voltar contra estas últimas (isso é perigoso!), sim, contra outros marginalizados, oprimidos (daí a guerra da polícia contra os pobres e vice-versa, o ódio contra os menores manipulado midiaticamente etc.). Essa é uma das formas de explicar o apogeu das bancadas
 fundamentalistas (da bala, da bíblia etc.) dentro do Parlamento brasileiro. Luiz Flávio Gomes
Professor

Como as coisas se repetem. O texto acima circula alguns anos passados e como se percebe nada mudou.

E nem deve mudar. Enquanto as pessoas continuarem a ser as mesmas. O mundo é o que é de acordo com as perspectivas historicas que o reveste.

A cultura os costumes a visão de mundo nas massas não mudam de um momento para outro, como gelatina a opinião publica desvanece ou se robustece de acordo com a temperatura ambiente.Não existem certeza, nem segurança de estabilidade. A unica certeza é que o mais forte predomina.

O crescente individualismo que assistimos na sociedade mundial e que atinge ao Brasil, que não escapa da lógica da globalização, é prova de que a visão da realização das preferências pessoais, em detrimento do coletivo, se tornou hegemônica no mundo... Não se tornou, sempre foi assim, desde que mundo é mundo.As sociedades contemporaneas se diferem das passadas naquilo que se refere a aceitação e obediencia ao poder vigente, hoje aparentemente as massas possuem maior ascendencia naqueles que dominam, antes a coisa era mais explicita e o explorado obedecia sem tergiversar.

Os metodos de convencimento eram muito mais truculentos e violentos, coisa que alguns regimes ditatoriais mantem vivos até hoje. A proposta do mundo ocidental foi mudar este estado de terror institucionalizado. De alguma forma as democracias ocidentais sairam-se vencedoras diante dos quadros do passado. Evidentemente que esperar que a democracia mais avançada existente em algumas regiões do mundo se torne universal, esta mais para utopia do que possibilidade efetiva. Isto não tem condições de acontecer porque a diferença é natural da raça humana, o ser humano é heterogeneo por natureza.

O mais apto se adapta com mais facilidade substituindo o inapto. Não adianta se contrariar, esta é a realidade da vida no planeta. Os legisladores de todos os tempo sempre souberam utilizar no âmbito da religião, ciências e artes, de forma que eles lhe sirvam de subsídio para o aprimoramento do povo.

A utopia socialista se esvaiu qdo se pretendeu extirpar no povo a reverencia a Divindade, esquecendo que o povo é intimamente dependente da Fé ancestral que busca num poder superior vencer as ameaças do dia a dia da existencia. O materialismo vem fracassando da mesma forma qdo defende a utopia da auto-suficiência distante do sentido mistico arcano que sempre norteou a alma humana.Qdo se corta a conexão do homem com este poder transcendental o que sobra é desesperança e revolta.

Desde a epoca do positivismo o mundo vem sendo levado na direção do materialismo, as religiões são desprezadas como ópio do povo, a religião foi trocada pelo cientificismo que muita vez lembra o fundamentalismo religioso do passado, o Estado laico se pretende justo e suficiente em satisfazer
as necessidades transcendentes do ser humano, esquecendo que o homem continua a viver em cavernas, mudou o tamanho e o conforto, mas continua a ser caverna a habitação humana. A unica certeza é a busca da sobrevivencia do dia a dia e completamente inutil o planejamento de longo prazo, basta sair dia a dia em busca da sobrevivencia defendendo-se dos predadores.

Determinados momentos da vida humana devem ser marcados com rituais cerimoniosos,a sociedade contemporanea faz exatamente o contrario, tripudia-se dos rituais, principalmente o religioso em consequencia nem a familia escapa deste desmonte irresponsavel e inconsequente, tudo é descartavel as relações são instaveis nada mais conta a não ser a necessidade de fabricar o lixo e substituir aquele que não interessa mais.

Não basta defender comportamentos bizarros, pretende se universalizar o bizarro em substituição da reverencia e da obediencia.

Neste ponto dramatico que se encontra a sociedade humana caem as mascaras e se descobre a inutilidade das utopias que não levam em conta as diferenças e heterogeneidade da natureza humana, a unica justiça possivel é a justiça da aceitação, o contario é a revolta que amiudemente tem unica e exclusivamente gerado o recrudescimento da barbarie humana com as guerras e revoluções sangrentas.

Não se pode mudar o mundo, pode se mudar o individuo, por esta razão que as nações que deram certo priorizaram a educação de seus povos em detrimento de politicas populistas e oportunistas.