Durante pouquíssimo tempo, o país soube o que é conviver com
taxas de juros civilizadas. Teve início uma disputa dos grandes bancos pela
oferta de crédito até a pequenas empresas; fundos de investimento correram para
se adaptar aos novos tempos, de investimentos em renda variável. O país parecia
pronto para o deslanche.
No primeiro soluço da inflação – provocado por alta nos
preços de commodities – o Banco Central piscou e deu início a nova rodada de
alta da Selic. Toda essa construção foi interrompida por falta de operadores de
peso e de estratégias melhor planejadas.
Este será o desafio: montar um diagnóstico correto sobre as
causas da inflação, desmontar a armadilha das tarifas indexadas, separar
questões pontuais, de choques de oferta, das questões estruturais - como a
inflação de serviços que reflete melhoria de renda, conciliar interesses.
Reforma política é um tema complicado por muitas razões. Não
é por acaso que quase todo o espectro político dos partidos que defendem o
atual regime institucional, da direita à esquerda moderada, se dizem a favor e,
paradoxalmente, nunca se fez. Mexer nas regras dos processos eleitorais pode
ser progressivo ou regressivo, dependendo da relação de forças. Alguém tem que
perder para que alguém possa ganhar.
Esta aberto o caminho para uma nova constituinte com cunho
modernizante, resta saber se estarão dispostos a isto ou os interesses pessoais
serão preponderantes.
Atraves do Ministerio Publico do Parana a sociedade está
sendo chamada a apoiar as propostas capazes de prevenir e reprimir a corrupção
no Brasil. O conjunto das proposições está contemplado no projeto de lei de
iniciativa popular “10 medidas contra a corrupção”.
A ruptura do equilíbrio politico, diante da insatisfação
originada dos interesses contrariados se deu qdo se iniciou o processo de reduzir
a inflação com aumento dos juros, quando não havia pressão real de aquecimento
econômico sobre os preços. Dali em diante se cavou um abismo que originou no
afastamento do governo, indiferentes com o sofrimento popular. Desde a
colonização o que se vê é a guerra fratricida pelo poder. Qdo isto vai mudar é
o que desconserta e desanima quem espera um dia ver o Brasil incluído no cenário das grandes Nações do
mundo. Potencial para isto sobra, infelizmente também sobram a ganancia e a
falta de ética e patriotismo de muitos.
Qto a velha rixa que se confronta o Deux-MercadoXPoliticas
socializantes é imprescindível que se considere o resultado da economia no
contexto mundial, o mercado necessita de regras, senão teremos um capitalismo
selvagem como o brasileiro, como as teorias socializantes necessitam uma
repaginação senão quiser ser varrida do mapa.
Todo político adora falar que defenderá "os
direitos" dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que
manterá os "benefícios conquistados".
A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou
há apenas ônus?
Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas, todos
eles custeados pelo próprio trabalhador, o governo está dizendo que sabe
administrar melhor o dinheiro do que o próprio trabalhador.
Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus
"direitos", então ele não tem um direito, mas sim um dever.
A ingerência do estado na vida do cidadão é extremamente
exagerada, e mudar isto requer muito tempo.
Dizem que o primeiro passo para consertar algo é o
reconhecimento. Pois bem, praticamente todo Brasil quer mudança então qual
seria o próximo passo? O mais prudente pode ser avaliar o sistema e atacar, da
maneira mais eficiente possível, as falhas existentes, que são muitas e intermináveis,
basta focar nas estruturas e interferir o menos possível na vida das pessoas.
Uma mudança de comportamento deve ser vislumbrada. Para
tanto, se o objetivo é mesmo realizar as reformas básicas necessárias para o
desenvolvimento econômico e social do Brasil, é muito importante que todos brasileiros
tenham a consciência de que, quanto mais divididos, mais enfraquecidos e,
consequentemente, poucos avanços ocorrerão.
Vale reafirmar, por fim, que o bem do nosso País passa pelo
esforço de cada cidadão em aprender a cobrar, de forma coletiva, o que lhe é de
direito e foi negado por tanto tempo em detrimento do interesse de poucos.
Nesse sentido, a união dos milhões de brasileiros e
brasileiras será a base de uma democracia forte, na qual a vontade da
subutilizada maioria efetivamente suplantará o desejo da poderosa minoria.
Mesmo porque a historia nos conta que as mudanças qdo
maduras são inevitáveis.
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