quinta-feira, 26 de maio de 2016

Durante pouquíssimo tempo, o país soube o que é conviver com taxas de juros civilizadas. Teve início uma disputa dos grandes bancos pela oferta de crédito até a pequenas empresas; fundos de investimento correram para se adaptar aos novos tempos, de investimentos em renda variável. O país parecia pronto para o deslanche.
No primeiro soluço da inflação – provocado por alta nos preços de commodities – o Banco Central piscou e deu início a nova rodada de alta da Selic. Toda essa construção foi interrompida por falta de operadores de peso e de estratégias melhor planejadas.

Este será o desafio: montar um diagnóstico correto sobre as causas da inflação, desmontar a armadilha das tarifas indexadas, separar questões pontuais, de choques de oferta, das questões estruturais - como a inflação de serviços que reflete melhoria de renda, conciliar interesses.

Reforma política é um tema complicado por muitas razões. Não é por acaso que quase todo o espectro político dos partidos que defendem o atual regime institucional, da direita à esquerda moderada, se dizem a favor e, paradoxalmente, nunca se fez. Mexer nas regras dos processos eleitorais pode ser progressivo ou regressivo, dependendo da relação de forças. Alguém tem que perder para que alguém possa ganhar. 

Esta aberto o caminho para uma nova constituinte com cunho modernizante, resta saber se estarão dispostos a isto ou os interesses pessoais serão preponderantes.

Atraves do Ministerio Publico do Parana a sociedade está sendo chamada a apoiar as propostas capazes de prevenir e reprimir a corrupção no Brasil. O conjunto das proposições está contemplado no projeto de lei de iniciativa popular “10 medidas contra a corrupção”.

A ruptura do equilíbrio politico, diante da insatisfação originada dos interesses contrariados se deu qdo se iniciou o processo de reduzir a inflação com aumento dos juros, quando não havia pressão real de aquecimento econômico sobre os preços. Dali em diante se cavou um abismo que originou no afastamento do governo, indiferentes com o sofrimento popular. Desde a colonização o que se vê é a guerra fratricida pelo poder. Qdo isto vai mudar é o que desconserta e desanima quem espera um dia ver o Brasil  incluído no cenário das grandes Nações do mundo. Potencial para isto sobra, infelizmente também sobram a ganancia e a falta de ética e patriotismo de muitos.

Qto a velha rixa que se confronta o Deux-MercadoXPoliticas socializantes é imprescindível que se considere o resultado da economia no contexto mundial, o mercado necessita de regras, senão teremos um capitalismo selvagem como o brasileiro, como as teorias socializantes necessitam uma repaginação senão quiser ser varrida do mapa.

Todo político adora falar que defenderá "os direitos" dos trabalhadores custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os "benefícios conquistados".

A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou há apenas ônus?

Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas, todos eles custeados pelo próprio trabalhador, o governo está dizendo que sabe administrar melhor o dinheiro do que o próprio trabalhador.

Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus "direitos", então ele não tem um direito, mas sim um dever.

A ingerência do estado na vida do cidadão é extremamente exagerada, e mudar isto requer muito tempo.

Dizem que o primeiro passo para consertar algo é o reconhecimento. Pois bem, praticamente todo Brasil quer mudança então qual seria o próximo passo? O mais prudente pode ser avaliar o sistema e atacar, da maneira mais eficiente possível, as falhas existentes, que são muitas e intermináveis, basta focar nas estruturas e interferir o menos possível na vida das pessoas.

Uma mudança de comportamento deve ser vislumbrada. Para tanto, se o objetivo é mesmo realizar as reformas básicas necessárias para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, é muito importante que todos brasileiros tenham a consciência de que, quanto mais divididos, mais enfraquecidos e, consequentemente, poucos avanços ocorrerão.

Vale reafirmar, por fim, que o bem do nosso País passa pelo esforço de cada cidadão em aprender a cobrar, de forma coletiva, o que lhe é de direito e foi negado por tanto tempo em detrimento do interesse de poucos.

Nesse sentido, a união dos milhões de brasileiros e brasileiras será a base de uma democracia forte, na qual a vontade da subutilizada maioria efetivamente suplantará o desejo da poderosa minoria.

Mesmo porque a historia nos conta que as mudanças qdo maduras são inevitáveis.





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